Este paraíso verde é um dos segredos mais bem guardados da zona. Ao longo dos seus sete hectares, repletos de camélias e magnólias, destacam-se as fileiras de denso arvoredo, os caminhos encantadores e a vasta colecção de fontes, bebedouros e chafarizes. Estes últimos são, muito provavelmente, a grande singularidade do parque, que acolhe estruturas, outrora espalhadas pela cidade do Porto, erguidas entre 1930 e 1960. Além de ser um “cemitério de fontes”, este pitoresco espaço público é também uma varanda privilegiada para o Douro e um museu ao ar livre com esculturas de Irene Vilar e Julião Sarmento.
A identidade genuína do Porto, que tende a desaparecer em zonas mais centrais da cidade, ainda está bem viva no Bonfim, onde o espírito de comunidade não só está de boa saúde como se recomenda. Entre restaurantes tradicionais, museus repletos de história e galerias de arte cheias de pinta, há muito para descobrir neste bairro. E agora que está a ficar mais pedonal, é ainda mais convidativo explorar a zona a pé, pelas ruas que preservam traços tradicionais da arquitectura urbanística e pelos refúgios no meio da natureza, como o Parque de Nova Sintra, com vista para o Douro.
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